quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Meu bebe

   Mulheres, sempre escondendo algum segredinho. Acho que faz parte do charme. O tema "idade" ficou por um tempinho como tópico da nossa conversa e abriu um leque de assuntos que eu podia abordar. Apesar de ser péssima puxando assunto, a conversa com ela fluia com facilidade, como se eu conversasse com ela cotidianamente, como se ela fosse uma das minhas amigas com as quais eu não precisava ficar pensando em tópicos para quando acabasse o assunto.
     Quando me dei conta, já eram 3 da manhã e nós estavamos quase chegando à minha casa. Pensei brevemente nisso e no quanto a noite havia sido agradável.
  -"Sair com a minha professora", tá na minha lista de "o que você irá contar para os seus netos"!
  -Ah, gostava dessa propaganda, lembro de quando tava na moda, qualquer coisinha mais idiota que minhas amigas queriam fazer e eu não, elas usavam um "Vamos lá, lembra, o que você vai contar para os seus netos"...
  -Você tem cara de certinha mesmo.
  -Eu sou. Muuuuito certinha...
  -Acabei de mudar de idéia.-Não consegui desviar de um soco dela- Aí. Isso dói.
  -Era para doer.
  -Viu, malvada. 
  -...
  -E com um soco de direita bem forte.
  -Desculpa foi mais forte do que era pra ser. Na verdade já fiz uns meses de boxe há um tempinho atrás...
  -Ah tá. E você só me fala agora? Nossa acho que meu braço vai cair.
  -Own bebe, que dramática você. - Num geral, só minha mãe me chamava de assim, mas com certeza eu podia abrir uma excessão pra ela.
  -Olha, olha tá roxo já. -draminha básico
  -Chegamos.
  -Salva pelo gongo. Agora vou entrar, me arrastar até  meu quarto, se eu chegar lá, afinal acho que a dor vai tomar conta de mim e eu vo desmaiar no meio do caminho, aí vou dormir aqui fora.Meus pais vão me achar desacordada na varanda e...
  -Você quer que eu te acompanhe até seu quarto, te coloque na cama e dê beijinho de boa noite pra ter certeza que meu bebe está bem? - Meu bebe? Hum, ponto pra mim. Claro que eu quero que você me leve na cama e bom, se quiser pode passar a noite aqui, sem problema algum e talz...- Tá certo, me passa seu número. Quando eu chegar em casa te ligo pra saber se você não tá desmaiada na sua varanda. -Hey, e quanto a proposta de me deixar na cama e...ok, vamos com calma. Passei meu número e me virei pra me despedir. Dei um beijo acidental e estratégico no canto da boca dela. Sempre gostei de beijo no cantinho da boca. Acho charmoso, tentador, deixa um gostinho de quero mais. Aquele, foi acidental e além de surpreendê-la um pouco, também me surpreendeu. Desci do carro e quando abri o portão conclui que EU não ia dormir se ficasse só no desejo, me virei, fui até a porta do motorista, abri e dei um beijo nela. Não pude resistir, ainda bem que eu não resisti. Ela correspondeu. Foi um beijo rápido mas intenso, daqueles que não dá nem tempo de respirar, pra que respirar?. Queria ficar ali por mais tempo, beijar ela denovo e levá-la pro meu quarto, mas ela disse que tinha que ir, eu percebi que ela também queria, mas que estava um pouco incomodada com o que aconteceu, não ia forcar nada. Entrei em casa e e vi ela ir antes mesmo de eu entrar. Não sabia o que ia acontecer daqui pra frente mas valeu a pena arriscar. 
  





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